Kadu já estava com o copo na mão na festa de peão quando ela se aproximou, com aquele sorriso maroto que só aparecia quando vinha ideia maliciosa.
— Vamos brincar de uma coisa? — sussurrou no ouvido dele.
— Lá vem você… — ele respondeu, rindo, já sentindo o estômago apertar.
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— A gente finge que não se conhece. Se afasta um pouco… você fica me olhando de longe e vê o que acontece. Topa?
Ele hesitou. Já conhecia o fogo que ardia em Hérika, e sabia que onde havia faísca, vinha incêndio.
— Só por alguns minutos, hein? — disse, tentando manter o controle.
Ela deu um beijo rápido no canto da boca dele e sussurrou:
— Só até eu deixar uns machos doidinhos. Quero ver sua cara.
Hérika se afastou, a sainha de couro marcando cada passo, e se encostou no balcão. Bastaram poucos segundos. Um cara alto, de chapéu, camisa aberta no peito, chegou já com um copo de bebida. Outro encostou do outro lado, elogiando o sorriso dela. Um terceiro já estava puxando ela pela cintura, oferecendo uma dança.
Kadu assistia de longe, tentando manter a postura, mas o pau começou a endurecer quase de imediato. Hérika virou de leve o rosto na direção dele e piscou, sapeca. Malvada.
Ela foi pro meio da pista com o primeiro peão. Dançava com o corpo colado no dele, os peitões pressionando o peito do sujeito, a mão dele na cintura fina dela. Ela falava algo no ouvido do cara, depois ouvia e ria, balançando o cabelo. Jogava o quadril, subia os braços, rebolava como quem sabe que está sendo desejada — e sabia mesmo.
Mais dois vieram tentar a sorte. Um tocou na perna dela, o outro ofereceu uma bebida. E ela, no meio da pista, como uma deusa branca e provocante, era o centro de toda a atenção.
Kadu respirava pesado. O copo já estava vazio e as mãos cerradas. O pau latejava dentro da calça. Cada vez que ela olhava pra ele com aquele olhar de quem sabia o que estava fazendo, ele sentia o sangue ferver mais.
— Filha da puta… — murmurou, excitado e furioso, sem saber onde terminava o ciúme e começava o tesão.
Ela foi dançar com outro. E outro. A cada novo parceiro, ela jogava o corpo ainda mais solto, como se estivesse se esquentando com os olhares, com os toques, com a excitação generalizada que causava.
E aí ele não aguentou mais.
Largou o copo na mesa, atravessou a pista, e puxou ela pelo braço.
— Acabou a brincadeira, amor. Agora você vem comigo.
Ela sorriu, olhos brilhando de tesão.
— Ficou com ciúmes?
— Fiquei com vontade de te jogar contra a parede agora mesmo.
Ela riu, apertando o braço dele.
— Então me leva. Quero ver até onde você vai com essa raiva gostosa.