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Sem calcinha na roda gigante

A noite já estava em brasa quando Hérika puxou Kadu pela mão, os olhos brilhando ao ver as luzes coloridas do parque de diversões ao lado da arena.

Vamos ali, amor… antes de irmos embora.

Ali onde? — ele perguntou desconfiado, mas ela já andava rápido demais pra ele impedir.

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Ela parou na fila da roda-gigante. Aquela com cabines abertas, sem portas, só uma barra de ferro na frente.

Hérika… — ele sussurrou, quase gemendo de nervoso. — Essa sainha… você tá sem calcinha, mulher! E lá de cima todo mundo vai ver sua…

Minha pepequinha? — ela completou, com um sorrisinho indecente. — Será? — E piscou.

Kadu olhou ao redor. Já tinha dois caras atrás deles na fila rindo e cochichando. Um terceiro, mais ousado, soltou um comentário baixo e safado, olhando direto pra parte de trás da sainha dela:

Essa noite tá especial…

Kadu ferveu.

Entraram na cabine. Ela se sentou primeiro, as pernas cruzadas com cuidado… no começo. Conforme a roda subia, ela descruzou lentamente, abrindo só um pouco, fingindo olhar o horizonte. O vento jogava o cabelo dela pra trás, e a sainha subia mais do que deveria.

De baixo, um grupo de homens olhava pra cima com olhos arregalados, celulares nas mãos. Um deles cutucou o amigo e apontou:

Mano… ela tá pelada por baixo!

Kadu, ao lado, suava. As veias pulsavam no pescoço. O pau já estava duro, preso desconfortavelmente na calça. Ele olhou ao redor e viu que ao menos quatro ou cinco marmanjos estavam vidrados na cabine onde ela estava, com cara de quem queria subir ali também.

Na descida, o banco inclinou um pouco mais. A sainha se abriu como uma flor, revelando por completo a visão que nenhum deles merecia… mas todos queriam.

Hérika olhou pra baixo, viu os olhos fixos nela, e mordeu os lábios, fingindo surpresa — mas por dentro, borbulhava de tesão. Ela sabia o que estava fazendo.

Você viu os olhares? — ela sussurrou no ouvido de Kadu, quando a roda parou com eles lá no alto.

Vi. Filhos da puta…

Eles viram minha pepeka, amor. — Ela enfiou a mão entre as pernas dele e sentiu o volume. — Você tá duro de ciúmes ou de tesão?

Dos dois.

Ela sorriu. — Quando a gente descer, me leva pra algum canto. Eu quero dar pra você com esses olhos todos ainda frescos na minha cabeça.

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