A casa ainda cheirava à poeira da festa e ao perfume doce de Hérika quando Kadu trancou a porta e cruzou os braços.
— Agora você vai me contar direito. Sem enrolar.
Hérika estava peladinha, jogada no sofá com as pernas abertas de um jeito casual demais, mexendos os seus lindos pezinhos. Mas ele sabia que nada nela era sem intenção.
Leia também na categoria Hérika: Sem Calcinha no Barzinho
— Contar o quê, amor? — ela provocou, deslizando o dedo pela coxa. — Você tá falando daquele peão?
— É, do cara. O que você tava conversando e sumiu. Você vai me dizer exatamente o que rolou. Agora.
Ela riu, mordeu o lábio e se ajeitou no sofá, como se fizesse questão de mostrar mais pele.
— Ele me chamou de deusa do cerrado, acredita? Disse que eu tava gostosa pra caralho naquela sainha. Perguntou se eu tava com tesão…
— E você?
— Eu ri. Disse que talvez… dependendo do que ele fizesse pra me animar.
Kadu engoliu seco. O pau latejava novamente. Hérika continuou, maliciosa:
— Ele disse que queria me comer ali mesmo, atrás dos caminhões. Que me deixaria de quatro na terra fofa, puxando meu cabelo enquanto os outros peões assistiam…
— E você foi?
Ela fez uma pausa longa. Olhou dentro dos olhos dele. E então sorriu.
— Talvez. Talvez eu só tenha caminhado com ele até lá e provocado. Mostrei a bunda quando abaixei “sem querer” pra ajeitar o salto. Ele ficou duro feito madeira, meteu a mão entre as pernas dele e disse que queria meter em mim até eu gritar.
— Você deixou ele encostar?
Ela levantou os ombros.
— Eu disse que tinha namorado, que não podia… mas acho que minha voz não tava muito convincente, sabe?
— Você deixou ele te beijar?
— Talvez ele tenha tentado. Talvez eu tenha virado o rosto e ele tenha dado um beijo no meu pescoço… e me arrepiado inteira.
Kadu se aproximou, com o rosto tenso. Seu volume estava pulsante.
— Você sentou nele? Fala. Você sentou naquela piroca suja atrás do caminhão não sentou?
— E se eu tivesse sentado, amor? — ela disse num sussurro diabólico. — Se eu tivesse cavalgado ele devagarinho, com a saia levantada e sem calcinha? Se eu tivesse deixado ele gozar dentro da pepekinha, escondido, onde ninguém visse?
— Para com isso, eu tô ficando louco…
— Ou talvez não. Talvez eu só tenha provocado. Deixado ele duro, babando, me imaginando… igual você agora.
Ele não aguentou. Agarrou ela com força e a jogou de bruços no sofá. A raiva e o tesão transbordaram juntos.
— Você é uma vadia. Mas é minha vadia entendeu? — ele rosnou.
— Então me fode como se eu fosse mesmo, amor… como se eu tivesse deixado ele gozar na minha bucetinha e agora ela fosse sua de novo…
E foi o que ele fez. Com força. Com fúria. Com amor. Com ciúmes. Com tudo que tinha. E ela gemia, rindo e provocando mais, porque era isso que incendiava tudo entre eles: o desejo pelo proibido. O gosto do risco. A dúvida eterna.
Será que Kadu tinha sido corno na festa de peão?